Neste início de 2023, estamos fazendo uma série de publicações especiais trazendo algumas das principais tendências do mercado jurídico e de negócios como um todo usando a #FocoEm2023.
No final do ano passado, convidamos algumas figuras de destaque do meio jurídico para contar suas expectativas para o ano que estava por começar e compartilhar quais assuntos eles julgavam essenciais para ficar de olho em 2023.
Clique aqui para assistir a todos os vídeos da série #Lintejogaabola!
Agora vamos nos debruçar com mais profundidade sobre os temas que mais apareceram nessa troca de bola! O primeiro episódio trouxe a discussão sobre transformação digital - você pode ler o texto clicando aqui! - e hoje vamos falar sobre ESG.
Bora lá?
Precisamos começar pelo começo. ESG é uma sigla em inglês para governança ambiental, social e governança corporativa (no original: environmental, social and governance). Em termos práticos, trata-se de um conjunto de boas práticas que organizações do mundo inteiro têm adotado para reafirmar seu compromisso com esses temas como uma maneira de dar um retorno responsável à sociedade.
Convidada a participar da nossa série de vídeos Joga a Bola no final de 2022, Ianda Lopes, que é Latin America General Counsel na GE Renewable Energy, traz uma definição interessante e aposta no tema como o mais importante de 2023 para as empresas:
“O ESG traz à discussão e engloba uma série de fatores, mas todos têm no centro a discussão acerca do papel social das empresas tanto na questão ambiental, da responsabilidade social da cadeia de fornecedores e também na temática da diversidade.”
É importante ressaltar, porém, que esses princípios devem fazer parte de uma estratégia sólida da empresa e não apenas de um discurso pronto para o mercado. Nesse caso, a instituição corre o risco de se encaixar no conceito de greenwashing, que é quando a empresa não adota na prática as políticas sustentáveis que promete na teoria.
Na sequência, vamos destrinchar mais a fundo cada um dos pilares das práticas de ESG e vai ficar mais claro como elas devem ser adotadas e quais seus principais benefícios para a sua organização.
A primeira letra representa “environment”, ou seja, “meio ambiente” em português. A temática ambiental é uma das maiores preocupações dos consumidores brasileiros e essencial para as organizações que visam atender às boas práticas de ESG.
Nesse quesito, estão incluídas ações para preservar a natureza ou ao menos mitigar os impactos ambientais causados pela própria empresa e pela cadeia de fornecedores. Dentre esses, podemos destacar:
Esses são apenas alguns exemplos de responsabilidade ambiental das instituições, que podem variar de acordo com o tipo de bem produzido ou serviço ofertado.
A segunda parte da sigla nem precisa de tradução: é “social” tanto em português quanto em inglês. Isso significa que a empresa tem uma responsabilidade social não apenas com os funcionários que emprega como também com as pessoas que vivem na comunidade onde a organização está situada.
Nesse ponto, vemos como as práticas de ESG estão intimamente ligadas umas às outras, uma vez que esse exemplo que demos do cuidado com as proximidades físicas da empresa esbarra quase que obrigatoriamente nas práticas de conservação ambiental.
Além disso, devemos incluir nesse tópico a relação com fornecedores e o compromisso de não fazer negócios com empresas que exploram mão de obra infantil, por exemplo, ou trabalho em situações análogas à escravidão.
Outro aspecto social que faz parte desse tópico é a preocupação com o bem-estar dos funcionários. Confira alguns exemplos:
Por último, as boas práticas de ESG também dizem respeito à governança corporativa, ou “governance”, em inglês. Mas o que isso significa?
Aqui o foco é na administração e na gestão da empresa, levando em conta aspectos como transparência na prestação de contas, ética, existência de canais para possíveis denúncias, independência e diversidade do conselho, entre outros.
Vemos aí novamente a ligação próxima entre alguns desses critérios de governança e os sociais, por exemplo, principalmente no que diz respeito à diversidade, deixando ainda mais clara a necessidade das empresas olharem para esses três pilares de maneira integrada e garantindo as melhores práticas para as próprias organizações e a sociedade.
E aí, gostou de saber um pouco mais sobre o que são as práticas de ESG e alguns exemplos do que as empresas podem fazer para segui-las?
Então continue de olho aqui no blog e nas nossas redes sociais! Durante as próximas semanas, vamos continuar publicando novos textos com tendências do mundo do trabalho para 2023.
Para relembrar o primeiro episódio da nossa série, sobre transformação digital, clique no link abaixo:
#FocoEm2023: Como a transformação digital pode melhorar o seu trabalho em 2023