Hoje começamos uma nova série de artigos em nosso blog chamada “Jurídico em números”, com base no relatório recém-publicado pela LawVu em parceria com a Perceptive.
Foram consultadas aproximadamente 300 profissionais de departamentos jurídicos de empresas nos Estados Unidos e no Reino Unido entre dezembro do ano passado e fevereiro de 2023. Os dados coletados nos trazem insights valiosos sobre o uso de tecnologia pelos times jurídicos, e por isso vamos trazer para vocês aqui em nosso blog um compilado das descobertas mais relevantes para ficarmos de olho ao longo deste ano e traçarmos estratégias com essas informações em mente.
Começamos hoje com um assunto que já esteve muito em alta durante 2022 e que permanece essencial para este ano: saúde mental, e mais especificamente o burnout que acomete profissionais dos departamentos jurídicos de empresas neste período pós-pandemia.
Embora o burnout seja um fenômeno generalizado no mercado de trabalho no mundo todo, as taxas aumentaram muito no início da pandemia. Em meio a lockdowns, preocupações com a própria saúde e de familiares e à emergência de saúde pública global, os números indicam que mais trabalhadores passaram a relatar estresse crônico e exaustão. Segundo um estudo de março de 2021 com 1.500 trabalhadores dos EUA, 67% dos entrevistados acreditavam que o burnout havia aumentado durante a pandemia da covid-19.
No entanto, mais de 3 anos depois do início da pandemia, há poucos sinais de que esse esgotamento generalizado esteja diminuindo. Em uma recente pesquisa de fevereiro de 2023 com mais de 10 mil trabalhadores do mundo todo, 42% relataram sentir sintomas de burnout, o maior número desde maio de 2021.
E os advogados não fogem dessa tendência. Segundo o relatório recém-publicado, com o clima econômico atual e a pressão do cenário pós-pandemia, questões como exaustão e esgotamento são algumas das maiores preocupações com as equipes jurídicas internas.
A pesquisa descobriu que o desafio número 1 de gestores jurídicos em empresas é a quantidade de trabalho/burnout no time. Perguntados quais são as principais barreiras que sua equipe jurídica enfrenta, os participantes elegeram no top 5:
Ou seja, dentre as situações mais lembradas, a maioria delas acaba contribuindo negativamente para o desenvolvimento de quadro de burnout nos funcionários, além da menção ao próprio esgotamento dos funcionários, apenas a 1 ponto percentual do top 3.
Outro dado interessante coletado no estudo diz respeito aos impactos no departamento e na organização como um todo que esses desafios têm. Confira as 3 respostas que mais apareceram:
Ou seja, a quantidade demasiada de trabalho com que times jurídicos têm tido que lidar neste cenário pós-pandemia leva ao desenvolvimento do quadro de burnout em diversos advogados da equipe, que por sua vez acaba atrasando tarefas, contribuindo negativamente para um resultado ruim da empresa, e afetando a produtividade e motivação do time.
No início deste ano, publicamos aqui no blog uma série de artigos apresentando as tendências apontadas por figuras de destaque do meio jurídico para este ano de 2023. Clique nos links abaixo para ler:
#FocoEm2023: Como a transformação digital pode melhorar o seu trabalho em 2023
#FocoEm2023: Por que ESG deve ser prioridade na sua empresa em 2023
#FocoEm2023: Por que a saúde mental é um tema tão em alta no mercado de trabalho?
#FocoEm2023: Por que a retenção de talentos é um assunto essencial para sua empresa em 2023
#Focoem2023: Como o tema diversidade deve influenciar sua empresa em 2023