A inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais presente em diversos setores e profissões, trazendo inovações e eficiência. No campo do direito e da gestão de contratos, não é diferente.
Esta é uma parte fundamental do trabalho de qualquer departamento jurídico. Tradicionalmente, esse processo costuma ser uma tarefa tediosa e demorada, envolvendo revisão manual de documentos, análise de cláusulas complexas e monitoramento de prazos. No entanto, com o avanço da IA, as empresas de software de gestão de contratos como o Linte estão desenvolvendo soluções inovadoras para automatizar e simplificar esse processo.
Ou seja, a tecnologia está revolucionando a forma como os times jurídicos trabalham, oferecendo soluções inteligentes que simplificam processos, aumentam a produtividade e reduzem riscos de erros humanos. Mas será que as equipes jurídicas de grandes empresas já adotaram de fato soluções de IA em seu trabalho rotineiro?
Respondendo à pergunta do parágrafo anterior: ainda não, segundo Patrick Reymann, Research Director da IDC, empresa de pesquisa de mercado dos Estados Unidos. Mas eles estão de olho.
Uma pesquisa recém-lançada pela organização revela que 40% dos entrevistados (advogados de grandes empresas) ainda não implementaram nenhuma ferramenta ou processo que envolva o uso ativo de uma inteligência artificial. Por outro lado, 25% afirma que já começou a investir nessa área. Por último, os 35% restantes dizem que ainda não começaram a surfar essa onda, mas estão atentos aos mais recentes acontecimentos e tendências.
“A automação e a inteligência artificial têm dominado a conversa, sendo que esta última é uma zona cinzenta. As pessoas ainda se perguntam ‘o que a IA pode fazer por mim?’. Mas há diversas possibilidades. Com a inflação em alta, por exemplo, quais serão meus custos ano que vem? Hoje dá para ter essa informação muito mais rápido com a ajuda da IA.”
Patrick Reymann, IDC.
Já Puneet Bhakri, que é SVP, Sales & Alliances da SirionLabs, ressalta que os profissionais da área do direito no ambiente corporativo que usam uma CLM, como o Linte, saem na frente no uso da inteligência artificial no dia a dia. “Não existe CLM sem IA”, defende.
Ele ressalta o nível de maturidade dos clientes de CLM: “Cada vez mais consumidores estão perguntando sobre e se planejando para o futuro, se o software pode expandir”, conta. De acordo com ele, os questionamentos sobre inteligência artificial também têm crescido, embora ainda não seja a preocupação número 1 dos clientes.
Vale a pena lembrar que uma das maneiras pelas quais a inteligência artificial já está ajudando os times jurídicos é através do reconhecimento óptico de caracteres (OCR, na sigla em inglês), recurso utilizado no Linte (clique aqui para saber detalhes).
O OCR permite que os contratos sejam digitalizados e convertidos em texto pesquisável, eliminando a necessidade de revisão manual e possibilitando a busca por cláusulas específicas em um piscar de olhos. Isso economiza tempo e esforço significativos para os advogados, permitindo que se concentrem em tarefas de maior valor.
Na discussão do comportamento atual dos usuários de softwares de gestão de contratos, Patrick Heymann relata que ouve comentários recorrentes, como “ouvi dizer, mas nunca tentei” e “não conseguimos acesso”, em relação a funcionalidades e novidades dos softwares, o que revela a necessidade de um aprofundamento maior nas possibilidades que as ferramentas oferecem.
“Os advogados ainda estão aprendendo como extrair valor máximo. Não é uma ferramenta apenas do jurídico, é do CEO, é do CFO”.
Patrick Reymann, IDC.
Falando mais especificamente de softwares de gestão de contratos como o Linte, outra aplicação da inteligência artificial é na automação de fluxos de trabalho. Com a IA, é possível automatizar tarefas repetitivas e padronizadas, como o envio de lembretes de renovação de contratos ou a geração de documentos-padrão.
Isso permite que os times jurídicos sejam mais eficientes e produtivos, direcionando seu tempo e esforço para atividades mais estratégicas. Puneet Bhakri chama a atenção para a importância de levar em conta a migração do legado ao se implementar um CLM, assim como definir objetivos claros logo neste início:
“O processo de implementação é essencial e é importante redefinir processos primeiro. Um CLM utilizado com um processo antigo não traz eficiência.”
Puneet Bhakri, SirionLabs.
Para fechar o assunto, trazemos a opinião do cientista chefe de IA da Meta e pioneiro na área Yann LeCun. Em entrevista à BBC, ele garantiu que não há motivo algum para trabalhadores, seja da área que forem, se sentirem ameaçados de perder o emprego por causa da inteligência artificial: “temores sobre riscos da IA são exagerados e absurdamente ridículos”.
Ele ainda vai além e acredita que estamos apenas no início dessa nova era da humanidade, por isso a IA tende a se tornar mais confiável e segura para todos daqui para frente:
“É como perguntar a alguém em 1930: 'como você vai tornar um motor a jato seguro?' Os motores a jato não haviam sido inventados em 1930, assim como a IA de nível humano ainda não foi inventada.”
Yann LeCun, Meta.
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